“SALVE GERAL” - AGORA NO RIO DE JANEIRO

Quando a lei e a ética são postas em questão o que impera é a força.

Quem não se lembra de maio de 2006 – quando ataques brutais aterrorizaram São Paulo como retaliação pela transferência do alto comando do PCC para presídios isolados, deixando-os incomunicáveis. Ecoou dentre o mundo do crime o comando “SALVE GERAL” que foi retratado em um filme do mesmo nome (muito bom por sinal). E agora temos a nítida impressão de um triste “déjà vu” nas favelas do Rio de Janeiro.

Faca de dois gumes para a cidade maravilhosa, das duas, uma – ou o mundo inteiro assina embaixo e diz que não vem para as olimpíadas, tampouco para a copa, por medo da violência do crime organizado no Rio ou apóia a verdadeira guerra civil que lá se instalou ,achando que já não era sem tempo para fazer uma varredura na bandidagem do Rio.

Quaisquer das alternativas são péssimas para qualquer cidade do mundo, quanto mais para a sede dos supracitados eventos, entretanto, fico com a segunda hipótese, realmente, já não era sem tempo de varrer com o crime de lá, mas...

Por que não fizeram antes? A quem interessa que o tráfico continue, quem ganha com isso? Vão até o fim? Querem mesmo acabar com o tráfico? E depois, terá continuidade?

É uma série de perguntas relevantes que fazem toda a diferença.

Minha santa mãe, que Deus a tenha, já dizia: “Nunca comece o que você não pode terminar”!

Sinceramente, faço parte do grupo dos ingênuos otimista de fé, sou povo brasileiro, tenho alma de gato, artista sonhador e romântico que crê no bem vencendo o mal e no amor derrotando o ódio – mas não se engane, sei que o mal existe e que é mais forte do que imaginamos, tem cara de anjo, gravata de doutor, cargo no alto comando e posa de bom moço – não o subestimo, mas também não o temo.

Neste circo de horrores, para sorte do domador, nem o elefante, nem o leão sabem a força que tem.

Itemnhiditu.