Nós brasileiros somos tão orgulhosos pela nossa natureza exuberante, farta e bondosa e, até pouco tempo atrás batíamos no peito para afirmar que éramos abençoados por não termos terremotos, maremotos, vulcões ativos para preocupar-nos, entretanto, vejam só vocês, a resposta da nossa maltratada mãe natureza:
- Sou tão infinitamente maior que somente uma raça ou uma espécie e, tão infinitamente bondosa e sábia que, não imponho, não peço, não imploro, não subjugo, não condeno, não nada, apenas e tão somente apenas, devolvo o que me é dado nas mesmas proporções, simplesmente ação e reação.
E tudo que nos é dito pela natureza, o é feito intrinsecamente por reações proporcionais e ordenadamente inteligentes e perfeitas. Somos tão infinitamente imaturos e “burros” perante a grandeza dessa mãe, assim como um bebê recém nascido engatinhando em aprendizado, com a diferença de que sabemos o que fazemos e temos escolhas, no entanto, queremos impor nossa vontade. Como assim? O que esperamos com isso?
Desmatamos nossas florestas, caçamos nossa fauna por diversão maldosa e ignorante, poluímos nossos rios e mares, mutilamos nossa atmosfera, alimentamos nossos egos com futilidades tolas, não assumimos responsabilidades por nada e por ninguém, fazemos ouvidos mocos, olhos cegos e bocas mudas para todos os tipos de atrocidades cometidas pelos governantes mundiais, enaltecemos maus exemplos publicamente, e aí?
E aí choramos pelas catástrofes naturais.
Maldizemos Deus e a natureza pelo “castigo” enviado numa tentativa desesperada de culpar alguém e isentarmos da nossa culpa óbvia.
Nem Deus, nem a natureza castigam ninguém, mesmo por que, nós somos “Deus” - somos parte “Dele” assim como somos parte da natureza, somos parte do todo e, qualquer mal que fazemos, fazemos por nós a nós mesmos, simples não?
Enquanto não tivermos essa consciência nada vai mudar. Pessoas morrem em catástrofes naturais nas mesmas proporções das matas dizimadas sem dó, dos animais assassinados a sangue frio, dos rios usados como enormes privadas, dos céus usados como depósito de flatulência humana, sem contar os atos de pura vaidade e ganância desmedida como construir mansões em mata atlântica e extração mineral irresponsável.
Minha solidariedade ao Rio de Janeiro e a todas as vítimas de enchentes e desmoronamentos de terras – sofro com isso, sou parte disso, tenho culpa e consciência disso, sou parte de cada átomo que existe no universo – peço diuturnamente em minhas preces que a humanidade acorde para essa consciência e evolua logo, pois sem isso, estaremos fatalmente caminhando para um final “nostradâmico” construído pelas nossas mãos e não somente anunciado.
ps: não queríamos mudar o mundo? Parabéns. Estamos Conseguindo. Itemnhuditu.