quarta-feira, 17 de agosto de 2011

RAQUEL DE QUEIROZ – CONTRAPONTO





Veja minutos deste vídeo e tenha outro ponto de vista, surpreenda-se, ganhe anos de sabedoria, tire suas próprias conclusões.
Gosto de ter minhas próprias opiniões sobre os assuntos que abordo, mesmo que elas vão de encontro com a maioria. Confesso que fiquei surpresa ao ver o vídeo de Raquel de Queiroz, a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras, pois não a conhecia se não a sua obra. Hoje digo que continuo respeitando e gostando de sua obra, mas não concordo nem gosto de algumas de suas opiniões. O contraponto está em muito dela. Raquel era trotskista, pois "achava os comunistas burros, estreitos mentalmente e escravos intelectuais". “A imprensa, a mídia dependem totalmente de quem escreve, pois não sabem escrever”, diz Raquel no vídeo. Raquel, apesar de sua obra ser grandiosa e de muito valor literário, me passa nesta entrevista, ser uma pessoa arrogante e elitista, achava que a mulher era um “bicho traiçoeiro”, (contraponto) mas dizia “crer no ser humano”. Não gostava de escrever, escrevia por que ter insônia, por que tinha vocação. Diz no vídeo, que “escrever não é prazeroso, é cansativo e imperioso, que tinha preguiça de escrever, escrevia para o Estadão pelo dinheiro, tanto, que não tinha nada escrito, somente escrevia para as colunas semanais.” (Jamais imaginei) Quando terminava um livro sentia-se aliviada, não relia o que escrevia. Achava que o brasileiro era inteligente (contraponto), mas não via grandes homens nesse país, disse que não há ídolos. Vejo a figura de uma mulher narcisista e insegura, se achava feia por ter envelhecido, cansada de viver, mas por outro lado, a velhice lhe trazia a calmaria de não mais se apaixonar, logo, não se desgastar com paixões da juventude. Vejo uma mulher infeliz. Apesar de ter sido educada em colégio de freiras, era atéia, não tinha fé em um deus, gostaria de ter tido, pois achava solitário e triste não a ter. Só fazia chorar quando passava por dificuldades.
“Quem não tem fé é uma pessoa infeliz”, diz no vídeo, logo, Raquel era uma mulher infeliz. Itemnhuditu.

Um comentário:

  1. Esta matéria, mostra nitidamente a capacidade de respeitar as pessoas e suas mais diferentes opiniões. Respeitar as diferenças sem deixar de ter a sua opinião. Julgar sem ser pejorativo em seu julgamento, pois julgar com opinião é uma coisa e julgar e impor a sua vontade é outra bem diferente. Julguei, pois tenho opinião e tenho o meu gosto, mas isso não significa que a minha verdade é absoluta. Cada qual tem o direito de discordar, mas respeitando a minha opinião. Quem sou eu para julgar Raquel de Queiroz? Sou uma pessoa como ela era, e como outra qualquer, entretanto, tenho uma opinião sobre o vídeo que vi dela e explicitei. O fato dela ser uma escritora brilhante e culta não a exime de ter falhas, ela é humana e como tal, falível, como qualquer um. As pessoas têm a hipócrita mania de eximir de erros os seus ídolos e torná-los deuses também depois que morrem, não concordo com isso. A Cézar o que é de Cézar e a Deus o que é de Deus. Respeito muitíssimo a obra e a pessoa de Raquel de Queiroz, mas, não a acho perfeita em tudo, simples assim.

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